Profundo conhecedor das coisas da terra. Francisco Nunes Garcia é, antes de tudo, um agricultor. Engenheiro Agrônomo e professor na Escola Superior Agrária de Beja, plantou uma vinha em 1997 com 25 hectares, apenas de castas tintas, localizada próxima à margem do rio Guadiana, em terrenos extremamente pobres, com calhau rolado e xisto, numa zona climática muito quente e seca. Os vinhos da primeira vindima em 1999 surpreenderam o mercado pela sua cor, concentração, elegância de aromas e estrutura de taninos, sendo que as vinhas tinham apenas dois anos. As três primeiras vindimas (1999, 2000 e 2001) foram feitas numa adega alugada. O sucesso na venda dos seus vinhos encorajou Francisco Nunes Garcia a construir a sua adega que já funcionou na vindima de 2002.
Categoria: Vinhos Page 6 of 7
02 a 04 de maio de 2006
ITM Expo | São Paulo – SP – Brasil
Horário: 14 – 22 horas
Esta empresa dispõe de 12 hectares de vinho instalada nas encostas suaves expostas ao sul em solos definidores de um distinto terroir.
“A França está para o vinho assim como o Brasil está para o futebol”
A França é o país que possui alguns dos melhores vinhos do mundo. Todos os demais paises utilizam a França como referencial de qualidade e objetivo a ser alcançado. Praticamente todo o novo mundo se espelha na França. Mesmo países tradicionais como a Itália, Portugal e Espanha, utilizam técnicas e processos franceses.
Mas a grande pergunta é: Por que isso ocorre? Por que a França é tão especial assim?
Este artigo mostra as características de algumas das principais uvas utlizadas na fabricação dos vinhos, falamos também sobre a importância do equilíbrio entre o vinho e a comida, desmistificamos o processo de degustação e finalizamos com uma breve explicação sobre as temperaturas ideais para servir os vinhos.
Cabernet Sauvignon
Com ela, faz-se os tintos de Bordeaux (França). Nestes, em geral, mistura-se também uvas Cabernet Franc, Merlot e Malbec, entre outras, para equilibrar estrutura e sabor e torná-lo refinado.
Os melhores vinhedos do Médoc (França) originam vinhos intensos e concentrados, de longo envelhecimento.
Comum na Austrália, África do Sul, Califórnia (EUA), Itália e Portugal. No Chile, Brasil, Nova Zelândia e Espanha origina tintos mais leves.
Cabernet Franc
Variedade de uvas tintas da região de Bordeaux, França. É bastante parecida com a Cabernet Sauvignon, porém de paladar mais delicado.
Pode produzir vinhos em cortes (mistura) com outras uvas, como Malbec, Merlot e Cabernet Sauvignon. É a principal uva do famoso Châteaux Cheval Blanc e, no vale do Loire, participa da elaboração dos vinhos rosés de Anjou.
Castelão Francês (Periquita)
Disseminada em Portugal.
Faz os tintos de sabor firme.
Pode ser misturada com a Cabernet Sauvignon.
Merlot
Utilizada em vinhos Saint-Émilion e Pomerol, é cultivada em Bordeaux (França).
Às vezes, entra na composição de outros tintos, como Cahors e Languedoc-Roussillon, principalmente na região de Médoc (misturada com Cabernet Sauvignon e outras).
Dá bons resultados no nordeste da Itália e Suíça. Cultivada também na Nova Zelândia, Califórnia e Austrália.
Riesling
A grande uva alemã, que dá bons vinhos secos ou doces (com bom equilíbrio doce/ácido). Aromas delicados e florais.
Largamente produzida na Alsácia, Alemanha e Áustria. Na Austrália e Califórnia (EUA), são famosas as videiras de “podridão nobre” (o fungo Botrytis cinerea, que ataca a casca das uvas).
Syrah
Possui uma coloração roxa intensa e um aroma bastante complexo capaz de produzir vinhos de grande qualidade.
A Syrah evidencia aromas e sabores diferentes caso esteja plantada no vale do Ródano na França ou na Austrália. No primeiro caso, predominam aromas de framboesas, fumo, caça e especiarias, enquanto no segundo surgem frutos muito maduros, compotas e chocolate.
Na África do Sul é conhecida como Shiraz.
Regras Gerais
Devemos procurar um equilíbrio entre a comida e bebida, para que os vinhos façam um conjunto harmonioso com a refeição. Vale a pena dedicar algum tempo e imaginação a isto, para que o resultado seja compensado com aprovação das pessoas que estamos recebendo em nossa casa e à mesa.
Não podemos oferecer uma lista exaustiva de todas as combinações possíveis de comidas e vinhos, de modo que apresentamos algumas combinações que o tempo foi comprovando como boas.
Como degustar o vinho?
Degustar um vinho nada mais é do que experimenta-lo de forma atenta, analisando suas qualidades e seus defeitos.
A primeira fase é a análise visual. É feita colocando-se a taça contra uma fonte de luz ou sobre uma superfície branca. Lembre-se que o vinho deve ser decantado para se efetuar este tipo de análise. Se após a decantação o mesmo se apresentar turvo, isto demonstra falha.
A segunda análise é em relação a intensidade. Nesta fase analisamos a cor do vinho proveniente da casca da uva e em alguns casos da polpa. A presença de coloração dourada clara em vinhos brancos e dourada escura em vinhos tintos demonstra oxidação. Vinhos intensos são considerados vinhos de qualidade.
A terceira análise fica para a nuance, onde estaremos analisando o grau de envelhecimento do vinho. Vinhos tintos jovens geralmente apresentam coloração púrpura, já os mais envelhecidos apresentam coloração alaranjada ou castanha nas bordas.
Na quarta fase analisaremos as lágrimas do vinho para detectar o teor alcoólico do mesmo. Para isto faça movimentos circulares com a taça e observe as lágrimas escorrendo pelas bordas. Quanto mais lentas elas forem maior o teor alcoólico do vinho. Um vinho mais leve apresenta um teor alcoólico menor, portanto suas lágrimas são mais rápidas.
A temperatura ideal do vinho
Foi comprovado que a temperatura ideal para servir os vinhos tintos fica entre 15 e 18 graus dependendo da concentração do vinho. Por exemplo, um Cabernet Sauvignon robusto necessita mais temperatura que um Merlot jovem ou um Pinot Noir que podem ser degustados um pouco mais frios.
O calor faz acentuar o teor alcoólico, diminui a acides e a sensação de frescor, sendo assim, se o vinho muito acido ou muito tânico alguns graus a mais podem aliviar o paladar. A mesma teoria pode ser aplicada para os vinhos brancos.
Os vinhos brancos devem ser servidos entre 10 e 12 graus. Mais temperatura para os Chardonnay e menos para os Sauvignon Blanc
A Espanha é um país único no mundo dos vinhos. Vários são os fatores que justificam essa afirmativa. Dentre eles, os mais marcantes são: pequena variedade de castas, enorme variedade de tipos de vinhos e duas regiões climáticas distintas e dominantes (litoral e interior).
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NOVA YORK (Reuters) – Gravado por James Brown há 35 anos, o álbum de jazz “Soul on Top” será relançado na terça-feira pela Verve Records.
O disco de 12 músicas, feito em 1969 com a orquestra Louie Bellson e lançado originalmente pela King Records, traz arranjos de Oliver Nelson e Maceo Parker Jr., colega de banda de Brown, no sax tenor.
O mercado nacional acaba de receber o vinho super premium RAR, produto resultante de um trabalho conjunto entre o empresário Raul Anselmo Randon e a Vinícola Miolo. O lançamento marca o início de uma parceria que visou unir forças em busca da elaboração de um produto especial para cair no gosto dos brasileiros e dos consumidores de fora do País.
O vinho é feito com uvas cabernet sauvignon e merlot cultivadas nos vinhedos de Raul Anselmo Randon, localizados na região dos Campos de Cima da Serra, um dos pontos mais elevados do Estado do RS, com cerca de mil metros. “Esta altitude proporciona um clima frio que faz com que haja uma grande diferença de temperaturas entre o dia e a noite, propiciando uma maturação lenta das uvas com uma alta concentração de cor e taninos”, afirma o enólogo Adriano Miolo.
A grande maioria das uvas tintas se presta à confecção de vinhos tintos encorpados.
Umas mais que outras, produzem vinhos encorpados de excelente qualidade.
Dessa forma, podemos encontrar vinhos tintos encorpados em quase todas as regiões produtoras. Os vinhos encorpados são resultado de uma estrutura maior dos elementos do vinho (álcool, acidez, taninos e materiais sólidos).
O melhor do Brasil
Os melhores vinhos nacionais são os espumantes brut. As características climáticas –inverno frio e chuvas de verão–, de altitude e solo (terroir) da região da Serra Gaúcha, propiciam e estimulam a colheita prematura das uvas, favorecendo a elaboração de vinhos-base de alta acidez e pouco álcool (pela relativamente baixa concentração de açúcar na fruta não totalmente madura). Alta acidez e pouca doçura (baixa alcoolicidade), fatores que podem representar problemas para vinificação de vinhos de maior estrutura –brancos ou tintos, que evoluem com a lenta passagem do tempo– , são favoráveis aos espumantes brut à brasileira: secos, refrescantes, deliciosos.
por Eduardo Viotti
Fonte: guia dos vinhos espumantes brasileiros 2004.