A origem de seu nome vem de sanguis jovis em latim “sangue de Júpiter” e data do século XVI, mas provavelmente existe desde o tempo dos etruscos na Toscana.

Também conhecida como “Prugnolo” em Montepulciano e “Brunello” em Montalcino possui dois clones principais: um grande (Sangiovese Grosso) mais utilizado na Toscana e um pequeno (Sangiovese Picolo) mais usado na Emilia-Romagna. É a uva dos famosos Chianti, porta bandeira da bela Toscana, que recebe também em sua composição outras uvas como Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah. A família Biondi-Santi teve também um papel importantíssimo na criação do famoso e tradicional Brunello di Montalcino, o exemplar mais profundo e encorpado da Sangiovese, hoje seus vinhos foram ultrapassados.

Da mesma forma que a Pinot Noir é marca registrada da Bourgogne e tem dificuldade de adaptação em outros terroirs, é difícil encontrar Sangiovese fora da Itália. É a uva nº 1 da Itália, a mais plantada, ocupa quase 100.000 hectares. Algumas versões interessantes dela estão na Califórnia, Chile (Errazuriz) e Argentina.

Sensações Organolépticas

Visual: Apresenta um vermelho vivo às vezes com tons opacos.
Olfativo: Aromas de frutas pretas (cassis, amoras) com notas florais (ervas aromáticas). Com o tempo revela notas animais e de couro).
Gustativo: Caracteriza-se por uma forte presença de álcool com taninos firmes, certa elegância e potencial de envelhecimento. Os Sangioveses mais simples são leves e fáceis de beber. Chiantis tem mais corpo e presença, e os famosos Brunellos apresentam potência e final muito prolongado.

Sabia que desde 1996, a denominação DOCG para Chianti Clássico permite o uso de até 15% de uvas não nativas como Cabernet Sauvignon, Merlot e até Pinot Noir para completar o tradicional Sangiovese!

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Fonte: Informativo Terroir (Mala Direta)