A Sicília é a ponte natural entre o Ocidente e a África Setentrional. Está situada quase no centro do mar Mediterrâneo e está separada do continente pelo estreito de Messina. A ilha da Sicília sempre refletiu em sua cultura e tradições, a duplicidade advinda de sua posição geográfica: independente, e ao mesmo tempo, ligada ao restante da Itália. Ao longo de sua história, a Sicília foi colonizada, dominada e miscigenada por inúmeras civilizações. Essa diversidade pode ser verificada na sua cultura, arte, culinária e dia a dia.
A cultura do vinho na Sicília remonta à antiguidade, tendo os Gregos como precursores (3.500 anos atrás) com a fundação das cidades de Siracusa e Agrigento. O auge se deu no século XVIII, quando os ingleses criaram o Marsala. Hoje em dia, estamos assistindo ao renascimento da Sicilia como importante produtor de vinhos de qualidade. Só que desta vez, os méritos se devem aos vinhos secos, brancos, rosês e tintos extremamente particulares.
Principais Regiões
A Sicília é a maior região produtora de vinhos da Itália, produz algo como 08 milhões de hectolitros. Curiosamente, os vinhos de denominação de origem controlada (DOC) respondem apenas 2,1% dos vinhos produzidos. Assim sendo, as regiões DOCs não são tão importantes, prevalecendo os vinhos IGT. Na Sicília o que realmente importa é o produtor.
As principais DOCs são:
- Marsala;
- Alcamo;
- Faro;
- Etna;
- Moscato di Siracusa;
- Moscato di Noto;
- Cerasuolo di Vittoria;
- Malvasia delle Lipari;
- Moscato di Pantalleria.
Os melhores vinhedos para vinhos secos estão localizados no Norte e no Leste da Ilha, especialmente no entorno do monte Etna. Boa parte dos seus vinhedos é irrigada devida a baixa precipitação, o solo, por sua vez, é vulcânico, calcário e argiloso.
Principais Uvas
A Sicília atualmente é onde a Itália talvez mais se aproxime do Novo Mundo. O estilo dos seus vinhos é intenso, concentrado e explosivo, cheio de fruta, mas em geral guardando um caráter italiano. A uva Nero d’Avola também se destaca muito. Os vinhos da região de Etna, por sua vez, têm enorme potencial. Além das castas internacionais, as castas autóctones mais cultivadas são:
- Catarrato Bianco (Br): Casta que entra no blend do vinho Marsala, pouco aromática;
- Insolia (Br): Casta muito cultivada que entra no corte para o vinho Marsala. Apresenta corpo médio com uma pegada salgada;
- Grillo (Br): Casta excessivamente cultivada para a produção do vinho Marsala;
- Nero d’Avola (Tn): Melhor uva tinta autóctone da Sicília com boa capacidade de envelhecimento;
- Nerello Mascalese (Tn): Importante casta que produz consistentes vinhos. Normalmente se apresenta em corte.
Gastronomia
Cozinha das mais variadas da Itália, elaborada há milênios pelo encontro de muitos povos. O mais antigo livro ocidental de culinária é de um siciliano, Mithaecus de Siracusa (V aC). Os árabes criaram o sorvete granita (gelo com sabor) em suas terras. É a pátria das Sardinhas, do Polpettone Siciliano, do Fettuccine ai Frutti di Mare, Agghiotta di Pesce Spada, Gnocculli, Peperonata, dos queijos e carne de caprinos.
Confira os vinhos degustados pela Confraria dos Prazeres na primeira reunião:
01 – Fatascià – Aliré 2002 (Syrah , Nero d’Avola) – Preço de referência: R$ 105,00
02 – Tasca d’Almerita – Rosso Del Conte 2002 (Nero d’Avola 85%, Perricone 15%) – Preço de referência: R$ 132,55
03 – Donna Fugata – Mille e Una Notte 2001 (Nero d’Avola 90%) – Preço de referência: R$ 310,00
04 – Donna Fugata – Sedàra 2006 (Nero D’Avola) – Preço de referência: R$ 67,00
Confira os vinhos degustados pela Confraria dos Prazeres na segunda reunião:
01 – Tasca D’Almerita – Nozze D’Oro 2004 (Inzolia 79%, Sauvigno Tasca 21%) – Preço de referência: R$ 74,29
02 – Donna Fugata – La Fuga 2006 (Chardonnay) – Preço de referência: R$ 88,00
03 – Cusumano – Noà 2005 (Nero d’Avola 90%, Cabernet Sauvignon, Merlot) – Preço de referência: R$ 198,00
04 – Tasca D’Almerita – Passito Diamante 2004 (Moscato 60%, Traminer 40%) – Preço de referência: R$ 146,00
05 – Donna Fugata – Sedàra 2006 (Nero D’Avola) – Preço de referência: R$ 67,00
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