Enólogos: Eng. Colaço de Rosário e Eng. Pedro Baptista / Região: Évora

A Fundação Eugénio de Almeida é uma instituição de direito privado e utilidade pública, sediada em Évora. Os seus estatutos foram redigidos pelo próprio fundador, o Eng. Vasco Maria Eugénio de Almeida, Conde de Villalva, quando da criação em 1963. A missão institucional da Fundação concretiza-se nos domínios cultural, educativo, social, assistencial e espiritual, visando o desenvolvimento e elevação da região de Évora.

A produção obtida nas vinhas é vinificada num local histórico e sagrado, a Adega da Cartuxa, situada na Quinta de Valbom em Évora. A adega está instalada num edifício que pertenceu à Companhia de Jesus em 1580 e que na época era a sua casa de repouso. Com a expulsão dos jesuítas de Portugal pelo Marquês de Pombal, este edifício foi integrado aos Bens Nacionais em 1755. No ano seguinte, já funcionava no local um importante lagar de vinho que absorvia a produção vinícola da região. Em 1869 o edifício foi vendido em haste pública e adquirido por José Maria Eugênio de Almeida, avô do Eng. Vasco Maria Eugênio de Almeida.

Próximo à Adega Cartuxa, fica o bonito Mosteiro da Cartuxa de Santa Maria Scala Coeli, fundado em 1587 e que retomou em 1960 a atividade religiosa contemplativa, depois de vultuosas obras de restauro empreendidas pelo Conde de Villalva. No silêncio das caves deste Mosteiro, vários vinhos da Fundação fazem o seu estágio em garrafa.

Sempre com a preocupação do enquadramento arquitetônico num edifício muito rico em história, a Adega Cartuxa passou por várias reformas e ampliações nos últimos anos. Hoje é uma das mais modernas e bem equipadas do Alentejo. Toda cercada por vinhas e com uma charmosa loja de vinhos, a Adega Cartuxa é visita obrigatória para todos os que se dirigem a Évora.

Um de seus vinhos, o Cartuxa Colheita Tinto 2001 – Grad. Alc. 13,5%, de castas: Aragonez, Trincadeira, Alfrocheiro, Tinta Caiada, Castelão e Moreto, possuí aromas evoluídos, notando-se a presença da casta Trincadeira misturada com as notas quentes da planície alentejana. Boa prova de boca, tudo muito afinado, floral e cheio. Este vinho apresenta potencial para envelhecer. Estagiou 12 meses em barricas de carvalho francês.

Produz ainda o famoso Pera Manca.

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Fonte: Informativo Adega Alentejana
www.adegaalentejana.com.br